Cathedral São Pedro & Arquivos

Genebra, Confederação Suíça
Região: Suíça Francesa
Tema: Reforma Protestante, Calvinismo
Visita: Novembro, 2017

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A Reforma Protestante influenciou Genebra. Em 1536, os genebrinos se declararam protestantes e proclamaram sua cidade uma república. O líder protestante João Calvino residiu em Genebra de 1536 até sua morte em 1564 (exceto no período de seu exílio de 1538 a 1541) e se tornou o líder espiritual da cidade. Genebra tornou-se um centro de atividade protestante, produzindo obras como o Saltério de Genebra.

Nesse TOUR em #MuseumsOnTheRoad fizemos 4 passeios históricos começanco pelo Museu Internacional da Reforma (não é permitido fotografar) ficamos devendo imagens; na sequência, logo ao lado, visitamos a Catedral de São Pedro e aos Arquivos do Estado de Genebra.

A Reforma que mudou a história da Europa. O Museu Internacional da Reforma Protestante fica na Maison Mallet, edifício de prestígio do século XVIII, na Cour Saint-Pierre, local do antigo Claustro de São Pedro. Graças à linda coleção de itens, pinturas, livros e manuscritos, o espaço deste museu, criado em 2005, reconta o movimento da reforma, um dos maiores movimentos religiosos do Cristianismo. Uma forma interessante de descobrir uma parte da história de Genebra.

Ao visitar a Catedral próximo da entrada podemos vizualizar a porta do auditório por onde João Calvino fazia suas palestras/pregações. A Catedral é antes de tudo um lugar de oração e meditação, primeiro católica e depois reformada desde o século XVI. Mas este lugar não é apenas o centro espiritual da cidade, ele também hospeda, como todas as catedrais, festivais, reuniões e assembléias cívicas.

Uma visita à Catedral, a Capela dos Macabeus, as torres e os sinos também permite ver ou rever os outros lugares agrupados hoje no Espace Saint-Pierre: o Sítio Arqueológico da Catedral, o Museu Internacional da Reforma e o Auditorium Calvin, sede da Academia na época de Calvin e Théodore de Bèze. Demora cerca de uma hora para a rápida visita à Catedral, à Capela dos Macabeus e à vista panorâmica única das torres, uma hora para o Sítio Arqueológico (em outro post) e outra hora para o Museu da Reforma.

A presença de uma catedral e um complexo religioso no local de Saint-Pierre foi atestada desde o século IV dC. Até o século XI, a estrutura evoluirá até a criação de um único edifício, mas é no século XII que o primeiro príncipe-bispo de Genebra, Arducius de Faucigny, iniciará a construção da atual catedral, etapa que se estenderá ao longo de cerca de um século, de 1150 a 1250.

No seu interior, a Catedral apresenta o maior conjunto de capitéis românicos e góticos da Suíça, enquanto os vitrais (idênticos aos do período gótico que se encontram no Museu de Arte e História) datam das obras de restauro do século XIX.

A partir de agosto de 1535, a missa foi abolida em Genebra e a catedral foi destinada ao culto protestante. Leva o nome de Templo de Saint-Pierre, que continua sendo seu nome oficial até hoje. A extrema austeridade do lugar corresponde ao espírito original da espiritualidade calvinista, voltada para a escuta da palavra e não para a imagem. Após a separação da Igreja e do Estado em 1907, o edifício tornou-se propriedade da Igreja Protestante de Genebra.

Após um “rolê” pelo interior da Catedral -a torre superior com vista panorâmica estava fechada- nos dirigimos aos Arquivos do Estado de Genebra. Os Arquivos do Estado de Genebra (AEG) são responsáveis por constituir, comunicar e exibir os arquivos da República de Genebra. Estão abertos a todos os públicos.

Muito interresante o cuidado com a documentação que é uma das bases da história moderna de Genebra. A Reforma teve um papel determinante na construção do sistema social da cidade (ou república) que foi muitas vezes elogiada pelo ilustre filósofo genebrino Jean-Jacques Rousseau em seus trabalhos.